Vamos falar sobre algo que anda meio esquecido – a essência do ser masculino. Afinal, o que significa ser um homem? Quais os valores, características e comportamentos definem essa essência? Se olharmos pro que está ao nosso redor atualmente, parece que ser homem virou algo que precisa ser mudado ou “domado”. Mas será que realmente é assim?
Para debatermos melhor sobre esse tema, quero trazer um exemplo poderoso: o Deus grego Ares, o próprio símbolo de uma masculinidade que não abaixa a cabeça, que lidera e que não foge de sua natureza. Vamos entrar na história desse personagem e entender o que ele tem a nos ensinar sobre o que é ter a essência do ser masculino de verdade!
Ares era o Deus da guerra, mas não só. Ele representava o espírito de combate, de liderança e de força bruta que existe em todo homem. Enquanto outros deuses, como Atena, tratavam a guerra como algo estratégico e calculado, Ares era movido pela intensidade e pela paixão. Ele era aquele que ia pra frente, que lutava com coragem, que carregava o fardo de liderar e proteger. A gente pode até pensar nele como um símbolo da violência, mas Ares era, acima de tudo, fiel à sua própria natureza. Ele não deixava que os outros o moldassem; ele sabia o que era e se jogava nisso, sem receio, sem vergonha de ser quem era. Ele é, em muitas formas, uma lembrança de que ser masculino é aceitar e viver a própria essência, mesmo quando isso não é fácil.
Agora, vamos pensar no homem atual. A sociedade moderna nos diz que precisamos ser mais contidos, que nossas emoções e impulsos precisam ser domados, que esse lado “agressivo” da masculinidade deve ser apagado. Mas será que isso realmente faz sentido? Um homem não é só força física, mas essa força faz parte de quem ele é. A essência masculina não pode ser reduzida ou apagada; ela tem a ver com o impulso de conquistar, de proteger, de liderar. É um lado que a gente pode até esconder, mas que não deixa de existir. Assim como Ares, que era muitas vezes desprezado entre os outros deuses por sua brutalidade, o homem de hoje é pressionado a esconder sua intensidade e sua força. Mas essa força, essa vontade de lutar, é uma parte fundamental do que significa ser masculino.
E aqui vai uma verdade que Ares nos ensina: ser homem não é ser o mais forte ou o mais temido, mas sim saber quando e como usar essa força que existe dentro de nós. É ter controle sobre si mesmo, não no sentido de se calar ou de apagar suas vontades, mas de saber direcionar essa força para o que realmente importa. Ares não lutava sem propósito; ele não era uma máquina sem emoção. Ele sentia cada batalha como parte de quem ele era. E é isso que a gente precisa resgatar: a ideia de que nossa essência é algo poderoso, algo que nos define e nos move pra frente. Não precisamos nos desculpar por querer proteger, por querer liderar, por querer enfrentar as dificuldades de cabeça erguida. Isso é o que faz parte de ser homem.
Mas atualmente a sociedade parece não entender isso. Ao longo dos anos, foram surgindo narrativas que dizem que ser homem é ser “tóxico”, que nossas características naturais precisam ser ajustadas ou domesticadas. É claro que existem comportamentos que devem ser melhorados, mas isso vale para qualquer pessoa, independente de ser homem ou mulher. O problema é quando essa cobrança se torna um peso que nos afasta da nossa própria natureza. O homem de hoje vive em um constante dilema: ser ele mesmo ou ser o que esperam dele. E essa escolha vai além de gostar ou não de lutar; é sobre ser capaz de expressar a própria essência sem medo de julgamento.
Então, o que Ares nos mostra é que existe poder na aceitação da própria masculinidade. Esse deus, mesmo sendo visto como violento e indomável, representa uma masculinidade que não é errada ou negativa. É uma masculinidade que não tenta ser controlada por padrões que vão contra sua própria natureza. Claro que ele tinha defeitos, e nós também temos. Mas ele nunca deixou de ser quem era, de aceitar a força que tinha, e de entender que essa força fazia parte de algo maior. Ele nos ensina que não devemos nos envergonhar da nossa natureza masculina, mas sim aprender a viver com ela de forma consciente e responsável.
No final, ser homem é ter a capacidade de lutar por aquilo que acreditamos, de proteger o que amamos e de liderar com coragem. É saber que nossa força não precisa ser um problema, mas sim uma virtude quando bem usada. Não precisamos pedir desculpas por isso. Ares jamais se desculpou por quem era, e nós também não precisamos. Porque a verdadeira essência masculina não é se esconder ou ser controlado, mas sim abraçar aquilo que somos e viver de acordo com isso.
Então, quando pensar no que é ser homem, lembre-se de Ares. Ele não era perfeito, mas ele era fiel a si mesmo e aos seus propósitos. Ser masculino é, no fundo, aceitar que temos uma força natural e que podemos usá-la para proteger, para construir e para crescer. É lembrar que nossa masculinidade é uma parte de nós, algo que não precisa ser domado, mas compreendido. A sociedade pode até tentar moldar a nossa imagem, mas no final das contas, só nós sabemos o que realmente significa ser homem!